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Mil mensagens para a emergência humanitária na Ucrânia

 

 

Abril 2022

Estamos muito felizes em compartilhar que temos entregado 2.460 mensagens de apoio preparadas por profissionais de saúde da América Latina para a equipe de Resposta Humanitária da Save The Children que está trabalhando nas fronteiras da Ucrânia para ajudar os refugiados que fogem dos horrores da guerra .

A equipe da Save the Children está recebendo as crianças e suas famílias, fornecendo alimentos, kits de higiene, brinquedos e instalando espaços seguros onde as crianças possam brincar, aprender e sobreviver ao duelo e à perda.

Enquanto a campanha envolveu uma doação de base, a FINE se comprometeu a dobrar o valor se conseguíssemos alcançar pelo menos mil  mensagens para gerar um amplo engajamento com a iniciativa.

Ficamos felizes em saber que em apenas uma semana recebemos esse grande apoio fornecido por médicos de atenção primária, enfermeiros e outros especialistas de Brasil e outros 17 países.

Estas foram traduzidas para inglês, polaco, romeno e ucraniano e entregues à Save The Children juntamente com uma doação associada.

Vamos compartilhar algumas que acreditamos resumir o espírito de todas as mensagens recebidas

Momentos como esses que nos fazem refletir sobre nossas vidas e o valor das pequenas coisas. Que um pequeno gesto, pode mudar a vida de outro ser humano.” diz Nicole, endocrinologista do Brasil

Obrigado por estar agora onde está mais necessários, por serem esses heróis que sem armas dão alento e apoio a toda essa gente.”, conta Maria, pediatra argentina

A medicina significa muitas coisas, mas o mais importante é a compaixão e o serviço, é você que melhor representam o valor e a importância da assistência médica”. compartilha Oscar, um médico de cuidados primários da República Dominicana.

Estamos muito orgulhosos com a resposta da comunidade e esperamos que essas mensagens possam trazer algum conforto e força e ajudar esses trabalhadores a perceber que não estão sozinhos.

O Brasil e resto da América Latina se junta a milhões em todo o mundo que comemoram que, mesmo em meio ao horror, existe uma equipe incrível e sensível que está em campo ajudando as crianças e suas famílias a passar por essa jornada extremamente difícil.

A equipe da Save The Children teve a grande gentileza de enviar uma mensagem para compartilhar com nossa comunidade que diz:

“Olá a todos da Fine Research. Meu nome é Rebecca Davis e estou com Save The Children International. Recebi e enviei para nossas equipes de campo na Ucrânia e nos países vizinhos onde estamos trabalhando, suas palavras de conforto, de humanidade e solidariedade… Eu sei que havia muitas mensagens que falavam, mais uma vez, de solidariedade e paz com os trabalhadores humanitários e nossas próprias equipes médicas na Ucrânia, Polônia, Lituânia, Romênia. Muito obrigado por ser um parceiro e obrigado por seu próprio trabalho que você faz e seu próprio humanitarismo. Estamos muito gratos…”

Veja o video completo da Rebecca (English)

 

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AACD renova a parceria com a comunidade Fine Panel para 2022

 

 

São Paulo, dezembro 2021

A AACD quer trasmitir uma saudação de Natal para todos os participantes da Fine Panel que generosamente tem contribuido neste ano.  

“Em meio a tantos desafios, ficamos felizes em poder contar com o seu apoio neste ano de 2021. Sua generosa doação está sendo muito importante para manter nossos pacientes em tratamento.

Tenha a certeza de que sua contribuição, somada a de pessoas solidárias como você, está proporcionando terapias, próteses, cirurgias e reabilitação aos nossos pacientes.”

“Um grande abraço de toda a equipe e pacientes da AACD!”

Neste sentido gostaríamos de compartilhar que desde o inicio de esta iniciativa temos coletado um total de R$ 673,042 para AACD.

Pensando em 2022, Fine Panel e AACD tem renovado por mais um ano a parceria!  Cientes de que as necessidades são enormes, os pesquisadores da Fine Panel estamos orgulhosos de reconhecer a generosidade da nossa comunidade e felizes de seguir acompanhando por mais um ano a AACD no seu incrível trabalho com as crianças brasileiras.

 

 

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Tendencias efêmeras e transformações profundas da saúde na pós-pandemia

 

NOVEMBRO 2021

Não é difícil enumerar um conjunto de fortes tendências que vimos durante a pandemia. Porém, o que pode ser mais difícil é identificar quais destas tendências foram apenas de conjuntura e quais estão destinadas a crescer e se consolidar no tempo.

Para poder responder estas questões. Desde Fine Panel consideramos indispensável compreender a perspectiva dos atores fundamentais do sistema de saúde, ou seja o que os próprios profissionais consideram coletivamente como as principais tendências.

A primeira pregunta que podemos fazer, desde esta visão do profissional, é se de fato já estamos ou não na pós-pandemia. Neste ponto não há uma única visão.

Em Novembro de 2021 apenas o 8% acha que seu país ainda continua em uma fase aguda da epidemia- sendo mais altos os valores no Chile e no México- mas quase a metade estima que, embora neste momento haja poucos casos de COVID no país, resulta bastante provável que ainda voltem ondas muito fortes.

4 de cada 10 estima, pelo contrario, que é bastante improvável que voltem ondas muito fortes, porém existe praticamente unanimidade na opinião de que a pandemia ainda não finalizou.

Além das variadas perspectivas, é notório que os médicos apresentam uma visão mais cautelosa da que ele mesmo adjudicam a seus pacientes, os quais são descritos como maioritariamente confiados em um improvável retorno de ondas de envergadura e inclusive, para muitos deles a pandemia já finalizou completamente em seu país.

Mas neste contexto de otimismo cauteloso planteado pelos médicos nos 5 países analisados, Brasil, México, Colômbia , Chile e Argentina, vale a pena se perguntar qual será a permanência das transformações que vimos na prática da medicina caso não aconteçam mudanças abruptas.

Entre as tendências que foram intensas no pico da pandemia – mas com um caráter conjuntural- estão claramente a redução da quantidade de pacientes atendidos e o limitado funcionamento das instituições de saúde nas distintas especialidades.

Os protocolos no atendimento tenderão a permanecer um pouco mais, embora provavelmente a ênfase irá diminuindo, segundo as estimativas dos profissionais.

Também, estima-se que daqui a 12 meses será atenuado um dos principais desafios do momento: o agravamento da condição de muitos de seus pacientes crónicos pela dificuldade de acesso e a quantidade de diagnósticos tardios associados à falta de exames ou controles.

Contudo, levará mais tempo para reverter as sequelas emocionais da pandemia. Embora 3 de cada 10 médicos acreditam que tais sequelas tendem a permanecer em níveis menores, são quase a metade dos médicos os que imaginam um agravamento das mesmas.

E o risco não é apenas para os pacientes , mas também para os próprios profissionais de saúde com coletivo que continuarão estando emocionalmente vulneráveis e com risco crescente de “burnout”.

No que diz respeito ao atendimento virtual, a visão mais frequente é imaginar sua continuidade, mas em um nível menor ao da pandemia.

82% das consultas na região são hoje presenciais e a futuro dos terços dos médicos dizem só utilizariam a telemedicina em poucos casos o que não é aplicável para eles. Porém 3 de cada 10 imaginam um modelo híbrido onde será alternado o atendimento presencial com o virtual.

Os aplicativos especializados e a medicina com atendimento virtual ainda expressam uma porção marginal das consultas: 3%, sendo as formas mais habituais de telemedicina aquelas mais gerais por telefone, e-mail, mensagens instantâneas ou em alguns casos as plataformas de videoconferências que são usadas mais frequentemente pela população geral.

Em nossa opinião os dados apontam que a telemedicina terá uma aceleração muito menor à do vertiginoso processo na pandemia, mas está longe de desaparecer, projetando um nicho permanente no atendimento médico para algumas especialidades, tipos de pacientes ou modalidades da consulta organizadas pelas prestadores de saúde.

Facilita sua difusão o fato de que os profissionais de saúde veem com uma tendência fortemente estabelecida o uso da prescrição eletrônica.

De todas formas, qualquer uso da telemedicina coexistirá com uma forte preferencia pelas relações cara a cara. Consistentemente o que percebemos em todos os sentidos é um certo desgaste do excesso de virtualidade e uma fome perlo retorno das relações presencias a todo nível.

Por exemplo, os webinars multiplicam em todos os âmbitos e o treinamento médico não foi uma exceção, porém, enquanto 3 de cada 10 médicos gostariam de receber mais convites para webinars, uma proporção equivalente preferiria receber menos ou não recebê-los. Isto contrasta com o interesse que despertam as conferências médicas, onde 6 de cada 10 gostariam de receber mais e apenas 1 de cada 10 receber menos ou não receber este tipo de convites.

Esses dados fazem parte do monitoramento do Desafios Médicos durante a Pandemia, que a Fine Panel  desenvolve desde março de 2020 e que já conta com mais de 16 mil entrevistas. Esta iniciativa, que conta com o apoio de diversas organizações sem fins lucrativos, procura divulgar publicamente informação com base na opinião e experiência de profissionais.

No mesmo sentido vemos que uma maioria dos médicos reconhece a forte queda de visitas dos representantes da indústria farmacêutica, porém um 70% dos entrevistados está bastante ou muito interessado em receber estas visitas.

Isto não significa que queiram descontinuar as relações não presenciais, e sim que as visitas presenciais surgem como um fator indispensável que imagina deve ser parte da relação futura entre médicos e a indústria.

Uma metade reclama voltar a um esquema baseado principalmente em relações presenciais e uma proporção quase similar inclina-se por um esquema que combine presencialidade e virtualidade. Apenas um 6% escolhe um futuro de vínculos exclusivamente virtuais.

Em síntese, a pandemia modificou profundamente as características do sistema de saúde e das relações entre seus atores. Sem dúvida na conjuntura atual vemos uma reversão de varias das tendencias, ao tempo que outras parecem se afirmar como irreversíveis, e o desafio para os diferentes atores será achar a forma de integrar modelos híbridos de relacionamento que permitam capitalizar as vantagens da tecnologia com as formas presenciais preferidas pelos profissionais nos que diz respeito a atendimento, prescrição, treinamento e interação com a indústria farmacêutica.

A pesquisa que apresentamos neste artigo corresponde ao mês de novembro de 2021, e inclui as respostas de 2521 profissionais médicos de Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile.

Para ver o relatório completo incluindo as variações entre Brasil e os diferentes países, você pode acessar aqui.

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Evidências de maiores riscos de “burnout” na profissão médica

 

 

NOVEMBRO 2021

O estresse laboral dos profissionais da saúde não é um atributo ligado unicamente à pandemia e suas consequências. Em um estudo que realizamos em 2017 já identificávamos que uma maior pressão laboral era um dos principais desafios dos médicos de todas as geografias dentro das Américas.

Registramos que as baixas remunerações eram problemas significativos para os profissionais de Argentina, Brasil, Colômbia ou México, mas não tanto para seus colegas norte-americanos ou chilenos. Também podíamos observar diferentes ênfases no que diz respeito a desvalorização da profissão médica. Porém, todos estes coletivos nacionais coincidiam em colocar a pressão laboral no topo de suas preocupações.

A evidência que coletamos mostram indícios de como isto teve uma tendência de agravamento durante a pandemia. Em uma exploração sobre o impacto emocional da pandemia nos médicos, que realizamos em Maio de 2020 e Novembro de 2021, encontramos que nas duas medições apenas um de cada 10 médicos disse que a situação não o tinha afetado emocionalmente.

Mais de um quarto dos 2521 médicos entrevistados em Novembro de 2021 relatam não dormir tão bem quanto antes da pandemia; um terço disse se sentir mais pressionado e ansioso , e mais da metade referem estar mais cansados.

Ainda com a diminuição de casos, aproximadamente um quarto dos médicos diz temer se contagiar de COVID ou contagiar a suas famílias. Embora seja verdade que o medo ao contágio diminuiu, é destacável que perto de 4 de cada 10 dos médicos entrevistados receberam um diagnóstico positivo de COVID, o qual é significativamente maior que as quantidades registradas nas populações dos diferentes países.

De fato, mais da metade dos profissionais relata ter estado com pacientes infectados com COVID na última semana.

Contudo, podemos observar algumas variações no sentimento médico. Em uma população onde a vacinação avançou rapidamente, os médicos registram consistentemente uma menor preocupação pelo temor ao contágio pessoal e familiar, tem um menor sentimento de incerteza e conseguiram superar a situação de isolamento vivida nos momento pico da pandemia.

No entanto, hoje o que se destaca mais fortemente é o cansaço dos médicos e também é maior a proporção de profissionais que reconhecem se irritar mais facilmente.

No que diz respeito à valorização de sua categoria, a pesar do destacado papel de infinidade de médicos na linha de frente, a sensação de um terço dos médicos é que até a valorização social da profissão tem piorado durante a pandemia.

Outro ponto a destacar é a tendencia a diminuição na renda dos médicos, fenômeno assinalado muito particularmente pelos profissionais de Argentina e Brasil.

Na Argentina inclusive se destacam -como problemas próprios do país- o atraso no pagamento dos salários e o fato de que as prestadoras de saúde não reconhecem economicamente as consultas virtuais.

O atendimento médico está praticamente reestabelecido na maior parte dos países o que reflete, por um lado, uma melhora na renda de parte de população médica.

Contudo, implica, por outro lado, uma maior sobrecarga de trabalho em um contexto de maiores desafios em suas práticas- devido ao agravamento da saúde dos pacientes por fata de controle ou diagnóstico tardio- e por ter que lidar com o impacto na saúde emocional dos pacientes, aos quais se referem praticamente todos os médicos.

Tudo isto leva, não só à necessidade de dar apoio emocional aos pacientes. Ainda mais, uma alta proporção de profissionais de saúde relata o desafio de ter de confrontar com muitas informações que defendem alguns pacientes e que os profissionais consideram falsas.

Consequentemente, não deveria surpreender o alto nível de risco de “burnout” (esgotamento) na profissão. E de fato 9 de cada 10 médicos acreditam que aumentou.

Embora boa parte dos médicos ache que as próximas ondas de COVID serão mais favoráveis e estaríamos no final da pandemia, o risco de “burnout” (esgotamento) surge como uma tendência que uma maioria relativa acredita será acentuada e mantida e apenas menos de un terço dos médicos acha que tenderá a se diluir.

Em síntese: os dados relevados reforçam as evidências deste risco continuo da profissão e a necessidade de instalar políticas específicas dirigidas a “cuidar dos que cuidam de nós” como uma prioridade dentro das políticas sanitárias.

Esses dados fazem parte do monitoramento do Desafios Médicos durante a Pandemia, que a Fine Panel  desenvolve desde março de 2020 e que já conta com mais de 16 mil entrevistas. Esta iniciativa, que conta com o apoio de diversas organizações sem fins lucrativos, procura divulgar publicamente informação com base na opinião e experiência de profissionais.

A pesquisa que apresentamos neste artigo corresponde ao mês de novembro de 2021, e inclui as respostas de 2521 profissionais médicos de Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile.

Para ver o relatório completo incluindo as variações entre Brasil e os diferentes países, você pode acessar aqui.

 

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Evidências sobre o impacto da pandemia no agravamento de patologias

 

 

NOVEMBRO 2021

Entre o conjunto de atividades onde os latino-americanos mudaram seus hábitos destaca-se, sem sombra de dúvida, e devido a suas consequências na saúde- a forte queda no comparecimento as consultas médicas registrada durante os momentos mais críticos da pandemia.

Por exemplo, em maio de 2020 identificamos uma queda de 61% dos pacientes atendidos em comparação com os níveis de pacientes antes da pandemia. Os dados sugerem, além disso, que isto foi compensado apenas de forma marginal pelo maior uso de formas de atendimento não presenciais, seja por telefone, WhatsApp ou videoconferência e portanto, o impacto da diminuição no atendimento médico da população foi muito significativo.

Naquele momento os médicos identificaram que apenas 6 de cada 10 de seus pacientes conseguiram manter uma adesão ao tratamento adequada, incluindo leves variações em patologias como diabetes, câncer, HIV, doenças autoimunes, cardiológicas ou respiratórias.

Também informaram que caíram significativamente os controles preventivos e, por exemplo, a quantidade de controles para câncer de mama ou próstata em outubro de 2020 caiu mais do que 60% em comparação com os níveis vistos antes da pandemia, segundo dados divulgados previamente por Fine Panel.

Em novembro de 2021, em um contexto no qual os casos e a mortalidade por COVID-19 têm uma tendência à baixa no Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile, os profissionais de saúde registram que os paciente perderam o temor ao contágio na consulta (e também nos exames clínicos) e, portanto, o atendimento presencial encontra-se praticamente reestabelecido.

Levando em consideração as estimativas de mais de 2000 médicos da região, podemos observar que a quantidade de pacientes atendidos está apenas 16% abaixo dos níveis antes da pandemia.

Contudo, o agravamento de muitas patologias continua se expressando na prática clínica. Por exemplo, mais de 4 de cada 10 médicos registram, em suas práticas, complicações de doenças crônicas de seus pacientes devido à fala de atendimento e adesão ao tratamento, ao diagnóstico tardio por falta de consulta e de prevenção de doenças no decorrer da pandemia.

Os profissionais de saúde de México, Argentina e Brasil, são os que além do mais, manifestam mais fortemente o impacto de suas debilitadas economias para o acesso á saúde e expressam que perto da metade de seus pacientes enfrentam restrições financeiras que limitam o acesso aos medicamentos e até mesmo à própria consulta médica.

Adicionalmente, este menor contato tem ocorrido paralelamente a outros efeitos da pandemia na saúde das pessoas, e os médicos descrevem a maior parte de seus pacientes caracterizados por um maior sedentarismo, piora nos hábitos alimentares e com uma aumento significativo nos níveis de ansiedade, como parte do impacto na saúde mental que – segundo os profissionais de saúde- afeta a 2 de cada 3 de seus paciente.

Além disso, levando em consideração os significativos níveis de contágio na região, tem que acrescentar que entre aqueles que tiveram COVID-19 muitos apresentam síndrome pós- COVID ou COVID longa, chegando segundo estimativas dos médico a atingir ao redor de 20% dos pacientes.

Destaca-se a fadiga como sintoma mais comum, mas também a falta de ar, dor nas articulações ou peito, sintomas cardiovasculares e psiquiátricos/neurológicos, tendo como resulta uma piora geral da qualidade de vida destes pacientes.

A vacinação contra COVID tem sido muito positiva e valorizada pelos profissionais da saúde, e no último semestre foi registrado até um aumento na confiança dos médicos e de seu papel como promotores da vacinação.

Em geral, a pesar de reconhecer uma melhora na redução dos casos graves, nos países envolvidos há uma tendencia à cautela e o retorno de ondas graves de COVID –embora não seja um cenário imaginando de forma unânime- é a posição com mais adesões.

Em síntese, a evidência proporcionada pelo relevamento da perspectiva dos profissionais de saúde sobre a saúde da população aponta a necessidade de reforçar as políticas destinadas a mitigar as múltiplas consequências da pandemia na saúde da população.

Isto supera os esforços- muito necessários, mas ao mesmo tempo insuficientes- da vacinação contra a COVID, e inclui o suporte ao sistema de saúde para lidar com o agravamento de patologias crônicas ou de diagnóstico tardio e, em geral, com o impacto na saúde mental fortemente registrado nas práticas clínicas.

Esses dados fazem parte do monitoramento do Desafios Médicos durante a Pandemia, que a Fine Panel  desenvolve desde março de 2020 e que já conta com mais de 16 mil entrevistas. Esta iniciativa, que conta com o apoio de diversas organizações sem fins lucrativos, procura divulgar publicamente informação com base na opinião e experiência de profissionais.

A pesquisa que apresentamos neste artigo corresponde ao mês de novembro de 2021, e inclui as respostas de 2521 profissionais médicos de Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile.

Para ver o relatório completo incluindo as variações entre Brasil e os diferentes países, você pode acessar aqui.

 

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Médicos da América Latina confiantes de que as vacinas vão acabar com a pandemia.

 

Março de 2021,

RELATORIO COMPLETO 

 

RESUMO

Em 31 de março de 2021, durante o evento Transformation and Trust da ESOMAR, a Fine divulgou os últimos resultados do estudo COVID-19 Tracking.

Isso faz parte de uma iniciativa lançada em março de 2020 e que envolveu respostas de mais de 13.000 médicos em 16 países.

O relatório da 6ª onda ocorrida em março de 2021 teve como base uma amostra de 2.451 médicos do Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile e teve como foco as vacinas.

A pesquisa primeiramente detalha uma evolução dos principais desafios dos médicos, mostrando que a queda no número de pacientes atendidos, embora relevante para muitos e ainda representando em média uma queda de 28% em relação aos níveis pré-pandêmicos (27% para Brasil), não é mais o principal desafio para a maioria dos médicos como era em 2020. Na verdade, a sobrecarga de trabalho surge como um desafio crescente.

Sua principal preocupação atual continua sendo o risco de infecção no contexto da interação entre médicos e pacientes. Esta preocupação é consistente com o fato de que quase 60% (68% no caso do Brasil) estiveram em contato com pacientes infectados na semana passada e que a incidência de COVID-19 na população médica é alta e muitas vezes a proporção da população em geral (na data da pesquisa 21% dos profissionais de saúde participantes foram diagnosticados com COVID), especialmente no México, onde 30% dos profissionais relatam ter sido infectados. No caso do Brasil 22% dos 823 médicos participantes tem sido infectados.

Na época da pesquisa (9 a 10 de março), 73% dos médicos da região relataram ter recebido pelo menos uma dose da vacina COVID-19 e 43% as duas doses. Este nível de cobertura vacinal de profissionais com pelo menos uma dose, era maior no Chile, Brasil (86% vacinados e 27% do total receberam 2 doses) e Argentina, enquanto mal cobria apenas cerca de metade dos profissionais na Colômbia e no México.

Os médicos na América Latina estão mais confiantes de que as vacinas acabarão com a pandemia, considerando que as evidências que as sustentam são sólidas e que a qualidade das vacinas disponíveis na região é semelhante à da Europa e dos Estados Unidos.

Além disso, metade dos médicos tem grande confiança na segurança das vacinas e a outra metade acredita que, embora não sejam totalmente seguras, a vacinação ainda é mais benéfica para a população. Consequentemente, 95% dos médicos recomendam a vacinação a seus pacientes.

Em relação às opções de vacinas específicas, a vacina da Pfizer claramente lidera regionalmente, seguida por Astra Zeneca, Sputnik (forte na Argentina e no México, mas marginal no Brasil e Chile), Moderna, Janssen e Sinovac. No caso do Brasil as preferências aparecem divididas entre Pfizer, Janssen e Astra Zeneca.

Os principais motivadores que geraram confiança para as diferentes vacinas foram aqueles que contribuíram para construir localmente uma história de evidência confiável. Em outras palavras, os mais confiáveis ​​são aqueles que os médicos acreditam que mostram bons resultados nos estudos de fase três em relação à segurança, eficácia geral e eficácia para reduzir casos graves e mortalidade.

A capacidade de lidar com novas variedades parece ser menos relevante, mas é provável que seja afetada pelo fato de que nenhuma vacina “possui” esse atributo o que destaca um cenário de risco potencial.

O prestígio do pais de origem e a reputação do fabricante são relevantes, mas nem sempre decisivos e, por exemplo, o Sputnik na Argentina ou a Sinovac no Chile obtêm altos níveis de confiança, mesmo quando são avaliados comparativamente mais baixos nessas variáveis ​​de prestígio.

Embora a confiança nas vacinas seja alta em geral, a confiança nos governos e nos planos nacionais de vacinação é significativamente menor.

Apenas 20% dos médicos concordam totalmente ou até certo ponto com as políticas de saúde em vigor. Brasil tem o menor valor dos países analisados conseguindo as políticas apenas apoio do 13% dos médicos. Eles estimam coletivamente que cerca de metade da população seria vacinada até o final de 2021 e que levaria cerca de 20 meses para controlar a pandemia. O programa WHO COVAX também não gera muitas expectativas.

Os médicos chilenos são significativamente mais otimistas do que seus pares da região em sua avaliação da gestão das políticas de saúde, especialmente no que diz respeito aos planos de vacinação nos quais têm confiança quase unânime. Eles estimam que em 11 meses a pandemia estará definitivamente sob controle no país (é cerca de metade do tempo estimado por seus pares na região) e que 77% da população estará vacinada até o final do ano.

A pesquisa também avaliou o papel da indústria farmacêutica no contexto da pandemia. Um setor que tradicionalmente tinha uma imagem mais criticada nas pesquisas parece estar revalorizado e 6 em cada 10 médicos afirmam que o desenvolvimento de vacinas tem contribuído para melhorar a imagem do setor, principalmente da Pfizer, Astra Zeneca e Jannsen.

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MÉDICOS INTERESSADOS EM RECEBER VISITAS PRESENCIAIS DE REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA

 

Outubro 2020

Essas e outras informações constam no último capítulo sobre as relações com a indústria farmacêutica incluídas no tracking do COVID-19 que a Fine Research desenvolveu ao longo de 2020. Ao ler este relatório, você conhecerá as últimas notícias, como: – Metade dos médicos latino-americanos está interessada em receber visitas de representantes farmacêuticos pessoalmente agora, e 9 em cada 10 gostariam de recebê-las assim que a pandemia for controlada. – 4 em cada 10 médicos dizem que introduziram novas terapias em sua prática durante a pandemia. Clique aqui para baixar o relatório do capítulo sobre visitas da industria gratuitamente para ver as tendências emergentes e como elas variam para Brasil e outros paises e nas diferentes especialidades médicas. Sobre esta iniciativa Desde março de 2020, a Fine Research tem executado uma série de ondas de rastreamento em torno do impacto do COVID-19 em profissionais de saúde na América Latina, incluindo mais de 11.000 entrevistas em 15 países diferentes. Amplamente publicado na imprensa e na mídia de diversos países, bem como em artigos e webinars patrocinados por fóruns da indústria de pesquisas de mercado como Fundação ESOMAR, Esomar News, EphMRA, Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, Sociedade  Brasileira de Profissionais de Pesquisa de Mercado e GreenBook.

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Médicos da região percebem o medo de infecção na consulta como um risco de saúde

    Novembro 2020

Não tem dúvida de que o medo à infecção influenciou na luta contra a pandemia. Na ausência de tratamentos eficazes ou na implementação de vacinas confiáveis e aprovadas, a resposta social à pandemia tem sido um dos impulsos dominantes que definiram as curvas de contágio nas diferentes sociedades durante o ano 2020. Aqueles que por medo de se infectarem, eles ou os seus familiares e amigos, adotaram comportamentos para minimizar riscos, como o distanciamento social, o uso de proteção ou a limitação das atividades sociais, têm tido menos probabilidade de infecção. No entanto, um estudo recente realizado pela Fine Research, feito com mais de 2.500 médicos na América Latina mostra que esse mesmo medo à infecção também tem um efeito negativo na saúde. Nesse estudo, os médicos estimaram que, antes da pandemia, cerca de 7 em cada 10 dos seus pacientes conseguiam cumprir adequadamente o tratamento prescrito. Quando questionados sobre a adesão atual dos pacientes aos seus tratamentos, eles estimaram que ela diminuiu e que apenas 6 em cada 10 continuam com o seu tratamento. E isso está afetando a múltiplas doenças de alto risco, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes ou HIV. O mais inquietante é que as razões do “não cumprimento” também mudaram abruptamente. Enquanto no passado as principais razões para a baixa adesão ao tratamento eram as restrições de acesso ao tratamento, incluindo o alto custo dos medicamentos, a burocracia ou falta de aprovação das melhores opções de tratamento disponíveis, atualmente a maioria dos médicos afirmam que a principal razão para a baixa adesão ao tratamento é simplesmente que os pacientes têm medo de se contagiar durante a consulta. Na região, a mesma pesquisa mostra que o número de pacientes atendidos por médicos se reduz um 35% em outubro, em relação aos níveis pré-pandêmicos. Esta é, de fato, uma recuperação se compararmos a forte queda do 61% observada em uma medição anterior em maio, mas também mostra que o efeito agregado terá um impacto significativo na saúde da população. Além disso, o medo atinge não apenas aos que têm um diagnóstico, mas também aos que correm o risco de contrair uma doença. Os médicos declaram que estão realizando menos da metade dos exames cardiológicos e aproximadamente um terço dos exames de câncer de próstata e de mama, que faziam antes da pandemia. Obviamente, isso significa um número provavelmente maior de eventos cardiovasculares ou cânceres detectados tardiamente que possivelmente afetarão as taxas de mortalidade. Consequentemente, quando olhamos por especialidade, os cardiologistas, hematologistas e oncologistas são os mais preocupados com o impacto potencialmente letal da falta de atendimento presencial, o que poderia colocar mais da metade de seus pacientes em risco. No outro extremo, poucos psiquiatras enxergam risco semelhante, com a vantagem adicional de serem eles os que mais percebem a consulta virtual como uma boa alternativa para a sua prática no contexto atual e também no futuro. Em relação às infecções pelo COVID-19, os hospitais são percebidos como os de maior risco, principalmente as áreas de internação, principalmente se forem centros públicos e de referência para o atendimento do COVID-19. Em comparação, o atendimento que ocorre em consultório médico, clínicas ou áreas ambulatoriais separadas do hospital, torna-se uma opção mais segura não apenas com base na avaliação dos médicos, mas também nos níveis de contágio que se registraram nos mesmos profissionais ou nos seus pacientes nos diferentes ambientes de trabalho. Em suma, os dados desta pesquisa com médicos da América Latina mostram que o sistema de saúde precisa continuar desenvolvendo protocolos para um atendimento seguro e comunicá-los de maneira adequada para que não só o risco de infecção seja minimizado, mas também para que os pacientes possam ganhar confiança e retornar à consulta médica para um acompanhamento adequado da sua saúde. Clique aqui para fazer o download gratuito do relatório completo para conhecer as tendências emergentes e como elas variam entre os diferentes países e especialidades médicas. Os resultados incluem detalhes sobre a transformação da prática médica e as relações dos profissionais de saúde com a indústria farmacêutica, entre outros insights.

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O número de pacientes se recupera, mas permanecem baixos controles e aderência

 

Novembro 2020

Compartilhamos os resultados da nossa última pesquisa sobre o Impacto do COVID-19 no Trabalho Médico, concluída no final de outubro, onde você pode ver os dados do Brasil e em toda América Latina. As principais conclusões são 1. O risco de contágio de médicos ou pacientes na prática profissional continua a ser o principal desafio, junto a queda do número de pacientes tratados, que, no entanto, se recuperou no país em relação às medições anteriores. 2. A queda no atendimento ocorre com todos os tipos de pacientes, e é particularmente acentuada nos controles/exames, por exemplo, o número de controles do câncer de mama no Brasil é a metade comparado aos níveis anteriores à pandemia 3. Os profissionais brasileiros estimam que apenas 61% de seus pacientes estão tendo adesão adequada aos tratamentos, contra 70% estimados na pré-pandemia, sendo o principal obstáculo o não comparecimento à consulta por medo de contágio. 4. A maioria dos médicos que trabalham em consultório particular define o contágio neste ambiente como improvável. 5. 13% dos profissionais entrevistados no Brasil foram diagnosticados com COVID-19, chegando ao dubro o risco da aqueles na linha de frente (compartilharam mais de 10 horas com pacientes infectados na última semana). 6. O atendimento não presencial representa hoje 13% das consultas sendo o nivel mais baixo da America Latina, embora se espera que esse tipo de atendimento virtual continue nesse nivel no futuro. Para ver o relatório completo e os dados do país e especialidade, você pode clicar AQUI   Agradecemos a ampla participação dessas consultas. De nossa parte, manteremos o compromisso de continuar a revelar e compartilhar a voz relevante dos médicos neste momento.

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Estudo desenvolvido pela Fine Panel para a Save the Children identifica os principais desafios da saúde na Venezuela

Amsterdã, agosto de 2020. Traduzido do inglês do texto publicado na Research World 

 

Projeto Prioridades Saudáveis: um chamado à ação para a crise de saúde na Venezuela (Autor – Diego Casaravilla)

“Atualmente o sistema de saúde se tornou uma prática de medicina de guerra”, a citação pode soar como uma declaração de um médico no auge da pandemia COVID-19 em uma cidade particularmente devastada. Mas na realidade isso foi afirmado por um médico na Venezuela, alguns meses antes do inicio do surto em Wu Han, na China.

A crise de saúde humanitária na Venezuela não é nova e tem sido um tópico generalizado na mídia por algum tempo. Mas o que realmente está acontecendo no país? Os relatos desse drama são baseados em relatos limitados, principalmente de pessoas que estão deixando o país e de atores internacionais que potencialmente têm sua agenda política.

Por outro lado, relatos objetivos também são desafiados pelas dificuldades de obter respostas honestas em um contexto de cidadãos temerosos de compartilhar suas opiniões com um entrevistador usando qualquer abordagem de campo tradicional.

Para superar essas limitações, três agências de pesquisa independentes, Fine Research, Reckner Healthcare e Toluna, uniram forças, reunindo seus painéis de médicos (Fine Panel / Reckner) e da população em geral (Toluna) em uma iniciativa pro bono apoiada pela Fundação ESOMAR. A iniciativa teve como objetivo fornecer à Save The Children informações imparciais que ajudarão a melhorar a implementação de seus projetos nas fronteiras do país.

Nas palavras de Marco Gastaut da Toluna: “Este projeto me fez refletir sobre como a liberdade de expressão pode ser facilitada por meio de entrevistas online. O uso de outros métodos de pesquisa, como entrevistas pessoais, seria extremamente desafiador porque os entrevistados não se sentiriam à vontade para responder a perguntas sobre as condições de saúde ou a qualidade do serviço prestado pelo sistema nacional de saúde.

Wale Omiyale da Confirmit, que contribuiu para a plataforma de pesquisa, também acrescentou: “Este projeto pro bono mostra como as tecnologias originalmente criadas para pesquisas de opinião podem ser usadas para gerar evidências independentes, apesar dos sérios desafios políticos. Neste caso, dá conta da situação da saúde na Venezuela e ao mesmo tempo apóia as causas humanitárias ”.

Da desnutrição aos riscos de epidemia

Para fornecer um contexto adequado para a pesquisa, entrevistamos cidadãos e profissionais de saúde não apenas na Venezuela, mas também em outros mercados regionais (Brasil, México, Colômbia, Argentina e -apenas médicos- nos Estados Unidos). [1]

Descobrimos que muitos países da região parecem ter problemas nutricionais aparentemente opostos. Por um lado, os médicos relatam níveis relativamente elevados de obesidade e diabetes, por outro, isso não impede a presença de desnutrição e anemia.

Na Venezuela, os valores de obesidade eram mais baixos do que no resto dos países, no entanto, este país dobrou de forma preocupante os valores regionais de desnutrição e prevalência de anemia.

Como confirmação da visão profissional, os cidadãos venezuelanos comuns identificaram um nível mais alto de desnutrição percebida em si mesmos ou em qualquer membro da família (27% em comparação com uma variação de 5-12% nos demais países latino-americanos).

Os médicos venezuelanos também identificam problemas críticos em termos de acesso limitado a exames básicos, falta de aprovação de novos tratamentos e alto custo dos medicamentos. Porém, seu principal desafio é a falta de materiais e medicamentos no local de trabalho, que também é três vezes a média regional.

Finalmente, um risco de epidemia deve ser considerado no contexto atual. Este levantamento pré-pandêmico já lançou sérios alertas sobre a falta de preparo das Américas para enfrentar uma epidemia, algo que eventos posteriores infelizmente confirmaram.

Os valores negativos foram mais extremos na Venezuela, onde quase metade dos médicos (e metade dos cidadãos) afirmou que o país não tinha preparação. Triplicando a média regional, os principais problemas foram a organização do sistema de saúde, a falta de políticas de atenção aos mais vulneráveis, a falta de protocolos, sistemas de alerta e formação, bem como o acesso a redes internacionais de solidariedade humanitária.

Os níveis de doenças epidêmicas endêmicas relatados no país são geralmente os mais altos da região junto com o Brasil. Especificamente, ambos os países compartilham uma presença significativa de dengue. Embora a malária tenha naturalmente uma prevalência mais baixa, é na Venezuela que a maioria dos casos de malária foram relatados.

Conclusões e aprendizados

Os resultados fornecem fortes confirmações de que, na opinião dos profissionais de saúde e da população em geral, o sistema de saúde venezuelano enfrenta deficiências críticas com métricas significativamente mais negativas do que o resto da região em termos de:

– Limitações no acesso a medicamentos e materiais essenciais em centros de atendimento.

– Problemas de desnutrição e anemia associados às más condições de vida da população

– Vulnerabilidades em termos de possíveis riscos de epidemia devido à má organização do sistema de saúde, falta de políticas, protocolos e sistemas de alerta adequados.

Esta pesquisa confirma a dramática situação da população venezuelana, no contexto da região, dando um forte apoio para a relevância do apelo Save The Children.

Como disse David Reckner, presidente da Reckner Healthcare, “Os resultados mostram o poder da pesquisa primária como uma ferramenta para compreender o mundo, os médicos como o recurso mais valioso para compreender o bem-estar mais amplo de uma região e, tragicamente, a necessidade absoluta para organizações como a Save The Children “.

Também foi uma excelente oportunidade para pesquisadores fazerem parcerias com o setor sem fins lucrativos. Razvan Bondalici, Gerente de Programa da Fundação ESOMAR e um apoiante entusiasta desta iniciativa, disse: “Era difícil imaginar que esta iniciativa fosse ainda mais relevante agora do que quando começou em setembro de 2019. O acesso aos serviços de saúde continua crítico em Venezuela, situação que infelizmente está se espalhando para os países vizinhos com a chegada da pandemia Covid-19. Nestes tempos turbulentos, é mais essencial do que nunca dirigir nossa atenção para aqueles que mais precisam. ”

O vídeo a seguir analisa as principais percepções do estudo e mostra o maravilhoso trabalho que a Save The Children fez por essas crianças e suas famílias em condições críticas.

Para encerrar, Ana María Méndez, Diretora Nacional de Arrecadação de Fundos para esta ONG na Colômbia, compartilhou: “Na Colômbia, temos uma grande lacuna na prestação de serviços básicos e, além disso, migrantes venezuelanos, refugiados e comunidades anfitriãs agora enfrentam uma impacto triplo: migração, COVID-19 e deslocamento devido a conflito armado. A necessidade de apoio aos filhos nunca foi tão grande e não podemos falhar. As crianças podem enfrentar consequências imediatas e ao longo da vida para sua saúde, desenvolvimento e futuro. Não podemos permitir que essas vidas se tornem o custo oculto da pandemia. O coronavírus está mudando o mundo, mas não o nosso compromisso, e vamos continuar a fazer o que for necessário para salvar a vida das crianças. ”

Envolva-se e junte-se à causa em www.savethechildren.org.co ou envie um e-mail para Anamaria.mendez@savethechildren.org

[1] A amostra final consistiu de 1.130 cidadãos regulares com mais de 18 anos de idade do Brasil, México, Colômbia, Argentina e Venezuela (incluindo 311 residentes na Venezuela) e 1.320 médicos, incluindo médicos de atenção primária e especialistas dos Estados Unidos. e dos mesmos países latino-americanos (dos quais 120 eram venezuelanos).

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